O desafio mais interessante (e provocador) das escolhas dos materiais para as nossas casas é perceber” que o muito é inimigo do bom”, e que o bom passa pela consciência essencial de perceber que o simples, o prático e o acolhedor bastam para serem “muito”. Contraditório?
É bem mais simples do que pensa…
Há 20 anos a palavra “sustentabilidade” fazia parte quase exclusivamente do dicionário e, nos últimos 20, saiu do 'livro das palavras' e passou para as bocas do mundo.
É difícil não ponderar um projeto nos tempos que correm sem planear qual, ou quais, materiais vou reaproveitar.
Hoje, podemos escolher para as nossas casas tintas ecológicos feitas à base de cal ou de terra.
Os tecidos, para revestir cadeiras, sofás, cortinas etc., são completamente sustentáveis. Uma das formas de o fazer é retirar o lixo dos oceanos e transformá-lo.
A execução do mobiliário recorre à reutilização de móveis já usados, de portas, de soalhos ou de estruturas obsoletas que são recicladas e atualizadas, tendo em conta os designs da atualidade.
A iluminação artificial é importante, mas nada se compara com a luz natural. Atualmente, a maior parte dos edifícios exploram a luz natural exaustivamente, com grandes janelas e portas, claraboias e materiais refletores, como vidro ou espelhos… Estes ajudam ampliar a luz no ambiente.
A sustentabilidade passa por uma forte consciência do mundo atual, que se desvincula de um passado exagerado e ostensivo em que a aposta em materiais poluentes era grande.
Cada um de nós pode, e deve, marcar a diferença no que toca à escolha de qualquer peça para a nossa casa.