A melhor energia é aquela que não se consome!! A eficiência energética é o grande vetor de energia e o grande aliado para atingirmos a neutralidade carbónica. Atenta a esta premissa, está a Europa, nomeadamente Portugal, onde no seu Plano Nacional de Energia Clima (PNEC) fixou como meta nacional aumentar a eficiência energética (redução do consumo de energia primária) em 35% até ao horizonte de 2030. Isto significa que, alcançar este objetivo, irá por sua vez reduzir o consumo de energia final, e por consequência não teremos necessidade de produzir essa energia nos centros produção, diminuindo a nossa dependência de combustíveis fósseis, objetivo primordial do PNEC.
Independentemente do vetor energético, é evidente que, pela dimensão da meta a que nos comprometemos alcançar, o grande potencial que existe neste “vetor”, a eficiência energética. Neste momento, importa sim, sermos eficientes, criando condições para a utilização racional de energia.
É este o conceito que será imperativamente utilizado para projetarmos o nosso futuro e alcançarmos os desafiantes objetivos que o sector da energia tem pela frente. A primazia no princípio, da eficiência energética primeiro, é estrategicamente visto como um pilar de estruturação de políticas e investimentos europeus que abrange transversalmente todos os sectores de consumo e é fundamental no alcance de uma maior sustentabilidade. A pertinência da eficiência energética na sustentabilidade é cada vez mais impreterível, não só pelas metas ambientais que ansiamos alcançar, mas também pelo impacto económico que a mesma nos pode oferecer. Ser mais eficiente é certamente consumir menos energia para realizar a mesma “tarefa”, mas é também gastar menos dinheiro, que num período de escalada dos preços da energia, é fundamental implementar o potencial que este vetor nos pode oferecer.
Deste círculo sustentável falta apenas abordar um pilar, “nós”, como sociedade, para o qual a eficiência energética pode claramente contribuir muito, com o aumento da qualidade de vida e saúde. No entanto, é neste pilar que a eficiência energética tem mais dificuldade em vingar, isto é, na mudança e alteração de hábitos e comportamentos dos consumidores finais. Mudar comportamentos não é algo fácil, uma vez que o ser humano é um ser de hábitos.
No entanto, apesar dos diferentes dizeres sobre o tempo que o ser humano demora a adaptar-se a novas realidades, sempre o ouvi dizer… Porém, neste momento, não podia estar mais descansada com o nosso futuro, isto porque após 2020/2021 e toda uma pandemia mundial da COVID-19, foi que afinal é possível alteramos os nossos hábitos quase de um dia para o outro, e isso, não há verdade mais certa. Afinal mudar comportamentos é fácil, basta termos sentido de urgência! Porque, infelizmente, foi com a nossa resiliência que todos mudamos tão eficazmente, combatendo uma pandemia avassaladora, todos juntos e de forma eficiente.
Desta forma, ao compreender a importância da eficiência energética, só precisamos de implementar o conceito e alcançaremos um excelente futuro!